sai um sol verde
um olhar nú no silêncio de metal
uma nódoa no teu peito de água clara
Pela janela vejo a pequenina mão
de um insecto escuro
pecorrer a madeira do momento intacto
meus braços agitam-te como uma bandeira em brasa
ó favos de sol
Da grande página aberta
sai a água de um clarão vermelho e doce
saem os lábios de laranja beijo a beijo
o grande sismo do silêncio
em que soberba cais vencida flor.
António Ramos Rosa.
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